Ainda na linha do raciocínio que desembocou no post anterior, ainda há tempo para pensarmos na questão política angrense (em particular). Quero pensar sobre dois assuntos: O Poder Legislativo inicia o ano com uma nova Mesa e a bancada evangélica crescente.
a) A nova Mesa Diretora
Confesso que não tenho nenhum relacionamento com o Vereador Dr José antônio (PC do B). Digo, de imediato, que sou um admirador de sua capacidade política, pois assim não o fosse, ele não conseguiria formar uma chapa vencedora composta por políticos que vão desde o Aguilar (PC do B), ferrenho defensor do governo, até o Cordeiro (PT), ferrenho opositor do governo; passando pelo Leandro Silva (PR), que tem se mostrado autônomo. Quero também deixar claro que não votaria jamais num comunista, por questão ideológica, muito embora admiro os ideais esquerdistas, mas não o comunismo nos atuais moldes.
Penso que essa nova Mesa Diretora tem tudo para desfazer a imagem péssima que o Legislativo construiu ao longo desses últimos anos, em especial os últimos seis anos. Há muitas coisas a serem feitas, mas o Vereador José Antônio pode gravar seu nome na história construindo uma sede própria e, muito mais que a sede, sendo verdadeiramente transparente. O que a população angrense deseja mesmo é a transparência.
Desejo do fundo do coração, como angrense que sou, que o Senhor ilumine o caminho do Presidente eleito e seus companheiros de chapa que dirigirão os rumos da Câmara Municipal no próximo biênio. Muito sucesso ao Vereador José antônio.
b) A bancada Evangélica
São doze vereadores na Câmara Municipal com quatro evangélicos (digo quatro, porque acompanho o parecer do Supremo Consílio da Igreja Presbiteriana do Brasil que em seu último Conselho decidiu por unanimidade e fundamentado nas bases da Bíblia e da Teologia Histórica, não aceitar a IURD - dentre outras - como Igreja Evangélica, e sim, como seita); logo, há um terço da representatividade populacional. Penso que a bancada evangélica deveria se impor não somente para enviar ofício solicitando sessão alusiva à Dia da Bíblia (não que não seja importante, muito pelo contrário) ou coisas similares; há algo mais importante, como ser transparente em sua prestação de serviços; prestar contas à sociedade de seu mandato; ter uma vida de lisura para que não permita que alguém possa o incriminar.
Ficou muito feio a discussão entre dois parlamentares em que um acusa o outro de possuir fazendas. Dois evangélicos não podem entrar em tais discussões, aliás, não podem nem ter fazendas se não forem declaradas no imposto de renda e serem compatíveis com o que ganham.
Meu desejo e oração vão no sentido de que tenhamos menos escândalos e, caso tenhamos, que não sejam os evangélicos seus protagonistas.
Há condição de mudarmos a história que está sendo escrita pelas revistas espalhadas por esse Brasil afora? Com certeza, mas primeiro precisamos mudar a história que está dentro de nós: o caráter.
É isso.
WJ
