Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quinta-feira, 14 de julho de 2011

SOU ROMÂNTICO! ... NASCI NO SÉCULO ERRADO?

Como professor de Língua Portuguesa e Literatura, confesso que amo as aulas de literatura.  Dentre todas as tendências literárias, sou mais afeiçoado ao Romantismo,  movimento que, pedagogicamente, vai de 1836 com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Azevedo; até 1881 com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, dando início, assim, ao Realismo.  Confesso que os ideais dos românticos me fazem delirar de prazer.  Dentre as características que compõem esta tendência literária, destaco a evasão e o patriotismo (amor à terra, à Pátria).  A evasão era percebida pela fuga para o passado; o deleite dos momentos de criança.  "Oh! Que saudade que tenho da aurora de minha vida, da minha infância perdida que os anos não trazem mais!", bradava Casimiro de Abreu.  Já o patriotismo, era percebido pela vontade de amar incondicionalmente a terra que os viu nascer e crescer; o êxtase pela liberdade, alcançada  na independência (1822).  Já dizia Gonçalves  Dias, em seu poema que se transformou em hino - Canção do Exílio - em que mostra seu amor pelo Brasil: "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como lá".

Fico pasmo ao ler esses poemas, até porque, entendo que há chão que pés de teólogos não pisam; são pisados por pés de poetas; entendo que em muitos casos há mais de Teologia nos escritos poéticos do que em compêndios teológicos ou filosóficos.

Sou romântico! E como tal, trago comigo algumas marcas.  Sou amante da solidão; do está só, só com Deus.  Amo a evasão romântica; a caminhada para um passado em que encontramos a real razão do genuíno evangelho de Cristo; amo a caminhada introspectiva e solitária, pois é nesse chão que encontramos o real motivo que se transforma em mola compulsora para um futuro de triunfo.  Em meio às mazelas da pós modernidade, amo o levantar e caminhar pelo chão poético que me leva à verdadeira Teologia; ao verdadeiro pensar em Deus! 

A evasão é bíblica; está retratada na solidão, no está só, só com Deus.  Veja o que disse o sábio Salomão:  "Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação.  Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, como ele, o ódio..." (Pv. 15.16,17).  É claro que há muitos outros conselhos do sábio, mas esses dois já dá para termos ideia de que os valores de uma espiritualidade sadia acompanham a todos os pouquíssimos que os desejam.

Sou romântico!  E como tal trago algumas marcas.  Sou amante do céu, nossa verdadeira pátria (Fp 3.20).  Há quem diga que não se sente saudade de um lugar em que nunca se esteve, mas eu tenho saudade do céu.  Sei que a doutrina escatológica tem saído dos nossos púlpitos; sei que as atitudes de muitos não condizem com quem acredita no céu; mas eu acredito.  Defendo os ideais do céu, minha Pátria, como um romântico.  Um amante incondicional do espaço que Deus reservou para mim. 

Ainda penso nos dias em que éramos felizes e, talvez, muitos não sabiam.  Penso nos dias dos cultos que recebiam pequenos grupos de pessoas, mas os corações de todos estavam focados no mesmo objetivo: a adoração real e sincera.

Ainda penso nos dias de cultos em "nossa" igreja, onde havia a verdadeira comunidade cristã.

Ainda penso, sou evasivo... ainda penso porque ainda amo... amo minha Pátria!

Nasci no século errado?  Penso que não.  Apenas sou romântico e crente incondicional dos valores cristãos e das promessas, dentre elas, a que cito abaixo:

"Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim.  Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.  E quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também."    Palavras de Jesus em Jo 14.1-3.

Eis o que penso.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

UM POUCO MAIS SOBRE A "ANGRA EXPO 2011"

Fiz uma análise extremamente pessoal do evento Angra Expo 2011 no post "Vem ai a Angra Expo 2011... Lamentavelmente!".  Neste post, como todos puderam observar, fui brindado por um comentário de um leitor chamado Eduardo Amorim.  Um comentário recheado de rancor, ira, sentimento de poder absoluto.  Um comentário que deixa claro como alguns, munidos do dinheiro público, pensam que ganhar almas para Jesus é fazer o show gospel que fazem.  Sabe o início do carnaval em que as chaves da cidade são entregues ao rei momo?  Pois é, nesses dias de evento, alguns se sentem, literalmente, os donos da cidade, do povo e do evangelho.

Nesse comentário, o amigo irmão fala sobre o anjo da igreja descrito em Ap 2, e os confunde com alguns pastores que portam credenciais e que, em nome dessas credenciais, armam um balcão para negociarem o sagrado.  Preocupo-me com o fim deles!!!

Pois bem, volto a escrever sobre a Angra Expo por dois motivos básicos.  Primeiro, reafirmar que nunca discuti nem me predisponho a uma discussão de nomes, pelo simples fato de respeitar as pessoas e ter na Angra Expo grandes amigos.  O que discuto é o modelo de gestão, tanto na questão administrativa contábil, pois defendo a menor injeção de dinheiro público a fim de que não sejamos presas, pois eles cobram e cobram alto.  Quanto na questão de uma programação que abarque todos os ramos do movimento evangélico.  Amo, e como eu, muitos, a exposição sistemática da Palavra de Deus em que todos fiquem parados atentos ao que está sendo dito.  Eventos semelhantes às Escolas Bíblicas da Assembleia de Deus - Ministério Sul Fluminense.  Porque não temos preletores com esse perfil na Angra Expo?  Por que não incluímos um pastor batista, congregacional, presbiteriano na programação?  Por que não fazemos do evento um evento que abrace todas as denominações a partir de uma mesa de discussão em que todos os ramos denominacionais estejam inseridos?

Segundo, volto a este tema para indicar a todos a leitura do artigo escrito pelo meu amigo particular, pr. e profº Ezequias Amâncio Marins, tirular da Igreja Batista Central na Japuiba intitulado ANGRA EXPO 2011! TÔ FORA!.  Não vou tecer nenhum comentário sobre o artigo para deixá-los com "água na boca"; apenas reafirmo que se trata de uma exposição coerente, sólida e bíblica.

Sobre o centenário de minha denominação, a Assembleia de Deus; já disse e reafirmo que se deveria fazer uma programação em conjunta com todos os ministérios, sem injeção de dinheiro público, na noite do dia 18 de junho, sábado, dia do centenário.

É o que penso!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

UTOPIA POSSÍVEL!!

"Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.  Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrar o seu tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta."  (Jó 14.7-10)

Sempre amei aqueles que viveram pouco ou muito (muito mais os que viveram pouco) e conseguiram escrever lindas páginas na história da vida.  Sim! A vida é uma linda história, escrita em várias páginas e capítulos.  Nós somos os escritores.  Tal como as histórias fictícias, desde a Grécia clássica, a história da vida possui as comédias, os dramas e as tragédias.  Particularmente, amo os que escrevem lindas páginas na história de suas vidas!

A patriarca Jó escreveu umas das mais lindas histórias de amor, devoção e crença em Deus.  Após perder quase tudo (em todos os sentidos), se levanta como "Fênix", literalmente das cinzas, e brada o texto supra, reafirmando que a esperança não acabara, pelo seu estado físico-moral-social.  Sua espiritualidade ainda estava sadia.  Sua fé inabalável.  Sua visão cravada, focada, no objetivo pré fixado - adorar a Deus incondicionalmente.

Às vezes me pego pensando nas utopias possíveis.  Possíveis porque nada há de impossível para Deus.  Assim como Jó creu na esperança de um renovo, de uma restauração completa; e para sua época, tendo como pano de fundo sua "miséria" física, moral e social; também passo a expor algumas utopias:

Penso no dia em que o silêncio dos fiéis incomodem os barulhos dos infiéis.

Penso no dia em que a esperança de uma fé sólida vença a vida de holofotes.

Penso no dia em que o amor à cruz sobrepuja a deselegância dos oprimidos.

Penso no dia em que a genuinidade do evangelho seja vivida em sua forma tão plena que não haja espaço para os que mancham a fé.

Penso no dia em que não haja mercadores de fé.

Penso no dia em que os baluartes se posicionarão como únicos defensores das Sagradas Letras, e vençam os que se utilizam dEla para se autopromoverem.

Penso no dia em que Jesus virá e pisará todos aqueles que barganham a fé e a utilizam para o proveito próprio.

Penso no dia em que estaremos no céu com Jesus..... Penso em estar no céu com Jesus!!

Sei que há muitos que vivem a integralidade do Evangelho, hoje, como viveu o patriarca Jó, em seu tempo; e essa é a esperança dos que são sal da terra!!

É isso!  Apenas utopias, possíveis.