A cada dia que passa, somos atingidos por situações das quais outrora não pensávamos, nem de longe, que seríamos participantes. São tais situações que nos leva a uma meditação séria e profunda sobre o real comportamento do homem. A Bíblia diz enfaticamente que "por aumentar a iniquidade o amor de muitos esfriarão"; no entanto, penso que muitos jamais imaginariam que o desamor chegaria a tal ponto.
São muitas as indagações sem respostas no dia de hoje. A manhã do dia 7 de abril ficará marcada para sempre em nossa memória. Um jovem de 23 anos, entra num estabelecimento de ensino - uma Escola Municipal, casa do despertamento e desenvolvimento da educação formal e da prática progressiva do saber - sem despertar suspteita alguma e começa a disparar tiros certeiros. Houve um corre-corre e o resultado foram 11 mortos no local e outros no hospital (todos entre 13 e 14 anos). O assassino após ser alvejado pelo policial militar, comete suicício.
Há algumas (ou muitas?) razões para justificar um acontecimento macabro como esse; no entanto, prefiro meditar sobre a falta de Deus no coração. Há muito tempo que o homem reafirma diuturnamente através de seus atos aquilo que Nietzsche vaticinou no século XIX: a morte de Deus. Não somente acreditam, como vivem a ausência de Deus em seus corações. Desta forma, temos uma sociedade doente; uma geração moribunda; fadada ao caos e ao fracasso em todos os sentidos.
Há inúmeros caminhos sendo apontados para o retorno. Acredito apenas em um; o fato de reconhecer que Deus não morreu conforme vaticinou Nietzsche; muito pelo contrário, Deus está vivo e deseja ardentemente habitar os corações da humanidade. O reconhecimento da necessidade de Deus é O caminho a ser seguido, pois é injustificável tal ação. Claramente, o episódio da Escola de Realengo, reafirma que verdadeiramente "assim caminha a humanidade"; "sem lenço e sem documento"; ferindo e sendo ferida; magoando e sendo magoada, matando e morrendo. A ausência de Deus causa traumas que dilaceram a alma e desembocam em ações semelhantes a estas tais como: feridas profundas na alma, perda de caráter, desamor e ódio.
Resta a nós, que ficamos, uma análise profunda e a conclusão de precisamos muito mais do que pensamos da presença de Deus em nossas vidas agindo como norte verdadeiro.
É isso.
WJ