Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



sábado, 31 de outubro de 2009

Reforma Protestante, 492 anos depois

"É preciso exortar os fiéis a entrarem no céu por meio de muitas tribulações, em vez de descansarem na segurança de uma falsa paz"
Martin Lutero - 95ª tese.
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No dia 31 de outubro de 1517, por não aceitar os pressupostos doutrinários e teológicos (principalmente na questão soteriológica) aliado à "neo-ortopraxia" em que a Igreja estava mergulhada, o Frei Martin Lutero fixa às portas da Igreja Católica do Castelo de Wittenberg, na alemanha, suas 95 teses. O impacto desse ato foi tão grande que se tornou um divisor de águas na história.
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Claro que a Refora foi, de um certo modo, preparada. Ela não acontece "da noite para o dia". Havia um pano de fundo histórico que assegurava esse desfecho. No entanto, coube a Lutero romper com os interesses teológicos e, principalmente, econômicos da Igreja Católica.
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Hoje, comemoramos o 492º aniversário da Reforma Protestante. O que está acontecendo com o ideal de Igreja defendido pelos reformadores?
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Minha querida Assembleia de Deus, em nível nacional, está mergulhada em uma crise política. Na ânsia de conquistar o poder (presidência da CGADB e, consequentemente, gerir a CPAD) nossos líderes se engalfinham de modo sórdido. Não se preocupam com as almas ao fundarem igrejas, mas, sim, em diminuir o espaço do "adversário". Então, um líder, sob a tutela da presidência, abre uma igreja no território eclesiástico do líder derrotado na eleição. E o faz, porque esse líder derrotado, vai à Rede de televisão aberta e faz acusações seríssimas à Direção da CGADB. Em conta-partida, o líder derrotado e que se sentiu afrontado por "perder" parte do território eclesiástico, aceita a presidência de uma Assembleia de Deus na cidade de São José dos Campos, SP, ou seja, entra no território eclesiástico do presidente da CGADB.
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Enquanto isso, oramos pedindo ao Senhor que nos envie homens com o espírito de Lutero, para pregar contra essas heteropraxias. Não adianta dizer que há paz, porque, caso haja, ela é falsa. É preciso apontar o erro, colocar o dedo na ferida, extirpar o "carnegão", mesmo que, com estas atitudes, enfrentemos tribulações e perseguições por parte dos supostos líderes e homens de Deus.
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Em minha cidade, Angra dos Reis, a voz de Lutero também precisa ecoar. Ainda se discute costumes como se fossem doutrinas; ainda se tenta vender a salvação como a igreja fazia antes da Reforma (através da venda de indulgências); ainda acobertam pecados; ainda perseguem os que lutam por um evangelho que não se submete ao poder temporal. Há aqueles que lucram em nome do evangelho, que tomam partido e afirmam que a igreja comrpou essa ideia. Ainda há os que não visitam as ovelhas, aqueles que não pastoreiam, apenas dirigem igrejas. São os empresários religiosos.
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Meu Deus, precisamos de Luteros para esse século! Precisamos de homens que sejam destemidos, que tenham coragem e não tenham de que se envergonhar. Precisamos de homens que atuem com ousadia, sem desrespeito, mas com destreza e dureza.
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Não precisamos de novas igrejas, precisamos de uma Reforma dentro das igrejas que já existem.
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Hoje é dia de reflexões profundas. Muitos, mas muitos homens de Deus morreram defendendo um evangelho santo, separado; um culto aberto e livre; uma total separação do estado; uma completa ojeriza ao profano; um ódio ao pecado. Em luta pelo evangelho de Cristo, em memória aos mártires da Reforma, lutemos contra tuto e todos que queiram voltar ao casamento com o pecado, o profano, o mórbido. Sejamos esse homem!
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"Considerando que vossa soberana majestade e vossos honoráveis demandais desejam uma resposta plena, isto digo e professo tão resolutamente quanto posso, sem dúvidas e nem sofisticações, que se não me convencerdes através do testemunho das Escrituras (pois não dou crédito nem ao papa e nem aos seus concílios gerais, que têm errado muitas vezes, e que têm sido contraditórios contra si mesmos), a minha consciência está tão ligada e cativa destas Escrituras que são a Palavra de Deus, que não me retrato nem posso me retratar de absolutamente nada, considerando que não é piedoso nem legítimo fazer qualquer coisa que seja contrária à minha consciência. Aqui estou e nisto descanso: nada mais tenho a dizer. Que Deus tenha misericórdia de mim!”. (Martinho Lutero)
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Sola Scriptura.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Algumas indagações sobre a Expo Cristã em Angra

Como é de conhecimento dos angrenses, em dezembro próximo acotecerá a Expo Cristã. Estava ouvindo, como de hábito, a rádio Sara Brasil, quando fui impactado por um comercial afirmando que entre os dias 02 e 06 de dezembro acontecerá "o maior evento gospel do Brasil".
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Em outra oportunidade, já me pronunciei sobre o que penso a respeito desse evento. No entanto, farei outro pronunciamento. Penso que a comunidade angrense merece um evento de tamanha proporção, mas não às custas do evangelho sóbrio, bíblico e cristão. Daí, sinto-me impactado por algumas indagações que não me permitem calar:
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Por que algumas lideranças evangélicas lutam para se ter uma Expo, quando o próprio poder público já se manifestou contrário à Prefeitura financiá-la?
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Por que, já que a Prefeitura se rendeu e vai realizar a Expo esse ano, essas lideranças não permitem que o próprio poder público, seja através de alguma Secretaria ou órgão competente, seja o gestor do dinheiro, cabendo aos líderes evangélicos a confecção da programação? Sim, por que pesa sobre essas lideranças algumas indagações sem respostas, cito apenas uma: Por que se criar da noite para o dia a Instituição Oasis - que, na prática, não prestou nem presta nenhuma atividade voltada para aquilo que foi instituída - só para que a Prefeitura pudesse injetar uma quantia exorbitante?
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Por que levar "o evangelho" a se submeter ao poder temporal de forma tão infame, como ao que aconteceu na última edição da Expo, quando todos os participantes eram "obrigados" a ler um papel citando determinado nome? O evangelho não pode se submeter a atitudes dessas. A Expo não pode ser realizada às custas da autonomia evangélica.
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Por que não compete ao Conselho de Pastores, e sim a uma comissão (com intervenção do poder público para sua confecção), uma atuação mais presente nos detalhamentos desse evento?
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Por que quem deseja montar um stand precisa falar com o Pastor A ou o Pastor B, dando a entender que há cotas e que os valores recebidos por tais Pastores sobre os aluguéis dos stands não passam por uma fiscalização?
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Por que a Expo Cristã é tão importante ao ponto de levar algumas lideranças a "mendigar" à porta da Prefeitura?
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Há algo muito estranho, pois foge aos anseios da massa evangélica que só deseja adorar e servir ao Senhor Jesus Cristo com fidelidade. Confesso que acredito piamente num povo que deseja a importância do evangelho de Cristo ao joelho dobrado diante do poder temporal para se obter uma expo que só nos trouxe agravos e nos apequenou diante da sociedade.
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Por quê? Por quê?
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Sola Scriptura