Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

SOREN AABYE KIERKEGAARD E A "TEOLOGIA EXISTENCIALISTA"

Soren Kierkegaard foi um teólogo dinamarquês, que viveu apenas 42 anos.  Sabe?  Sou "apaixonado" por quem vive pouco e produz muito; falo de homens como:  Tomas de Aquino (49 anos:  1225-1274); David Brainerd (29 anos:  1718-1747); Castro Alves (24 anos: 1847-1871); dentre muitos outros.  Minha paixão por tais homens vai no sentido de que eles conseguiram não somente passar pela vida, mas fazer a história acontecer na sua forma mais plena e digna.  Contribuíram para que a história humana fosse mais linda.

Kirkegaard foi um homem assim.  Sétimo filho de um casamento que já durava muitos anos – nasceu em 1813, quando o pai, rico comerciante de Copenhague, tinha 56 e a mãe 44 –, chamava a si mesmo de "filho da velhice" e teria seguido a carreira de pastor caso não houvesse se revelado um estudante indisciplinado e boêmio. Trocou a Universidade de Copenhague, onde entrara em 1830 para estudar filosofia e teologia, pelos cafés da cidade, os teatros, a vida social.

Foi só em 1837, com a morte do pai e o relacionamento com Regina Oslen (de quem se tornaria noivo em 1840), que sua vida mudou. O noivado, em particular, exerceria uma influência decisiva em sua obra. A partir daí seus textos tornaram-se mais profundos e seu pensamento, mais religioso. Também em 1840 ele conclui o curso de teologia, e um ano depois apresentava "Sobre o Conceito de Ironia", sua tese de doutorado.

Não estudo Kierkegaard somente pela sua vida boêmia, muito pelo contrário, estudo-o pelo seus escritos da maturidade; aceitando, óbvio, a forte influência de sua melancolia que o consumia desde criança.  No entanto, o que marca a vida desse teólogo é a sua capacidade de ver adiante de seu tempo.  Lutou contra os pressupostos práticos da Igreja Luterana (oficial) de seu tempo; teve muitos embates com a liderança da igreja para fazer valer seu posicionamento sobre a espiritualidade.  Defendeu a tese do "salto da fé", em que acreditava que aceitar o cristianismo seria semelhante a dar um salto para um patamar sobrenatural não compatível com as vicissitudes de seu tempo.

Acredito nisso!  Acredito que esta seja uma mensagem para hoje; acredito que ainda hoje precisamos do salto da fé.  Acredito que precisamos trazer para esse patamar mundano em que vivemos as marcas e características do patamar de Cristo, e isto só será possível através do "salto"; do compromisso embasado na confiança de que Cristo existe e os valores espirituais também.

É isso, por enquanto.

WJ



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