Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUE IGREJA É ESSA?

"E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo:  Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?  E eles disseram:  Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas."  Mt 16. 13,14

O Mestre Jesus estava a caminho da cidade de Cesareia de Filipe com seus discípulos.  Uma cidade que ficava ao pé do monte Hermon, onde a fonte mais oriental do rio Jordão surgia como um arroio resplandescente.  Nos tempos do Antigo Testamento, a cidade tinha um altar dedicado a Baal, e mais tarde os gregos construíram um altar a Pã, o deus da natureza, e chamaram Panias (Cidade de Pã) ao lugar.

No ano 20 d.C., Herodes, o Grande, construiu ali um templo branco de mármore, e o dedicou a César Augusto.  Quando Herodes morreu, a cidade ficou nas mãos de seu filho, Herodes Filipe, que a ampliou e embelezou, e a chamou de Cesareia de Filipe, para alcançar graça diante de seu imperador, Tibério César, e distingui-la da outra Cesareia, a capital romana na Judeia e porto marítimo muito mais conhecida.

Como se percebe, a Cesareia de Filipe pode ser tachada de uma cidade, cuja religiosidade se distanciava em muito do que entendiam os religiosos da época.  Então, o que levou o Mestre Jesus instituir sua Igreja a caminho de uma cidade que representava a mundanidade, a pluralidade de fé e a indecência religiosa nos moldes do judaísmo?  O Mestre Jesus poderia instituir sua Igreja a caminho de Jerusalém, por exemplo; uma cidade  que abarcava o templo e muitas sinagogas. 

Mas não, Ele escolhe o caminho da mundanidade, pois sua Igreja deveria ser plantada no mundo; na pluralidade de fé, no local em que imperava a degeneração da crença. 

Interessante que o povo tinha uma noção de Jesus e da instituição que Ele desejava fundar, obviamente.  Mais interessante ainda, é o fato de Jesus ser interpretado por, ao menos, três profetas do Antigo Testamento, da Antiga Aliança, cujo marco de suas personalidades e de suas mensagens era exatamente a firmeza, a contundência e a dureza.

Eles eram duros de espírito e de mensagem

Tanto João Batista, como Elias ou Jeremias, eram homens duros, com mensagens duras.  Não havia espaço, segundo seu discurso, para um povo necessitado, carente e desejoso de fazer a coisa certa, mesmo que não conseguisse.  Eram profetas que pertenceram a períodos diferentes, mas que difundiram, através de suas mensagens duras, um conceito de Deus amalgado à rigidez e à dureza.  Não se quer defender aqui que o Senhor não seja absoluto em seus propósitos, ao ponto de se mostrar como duro para fazer cumprir seu querer; no entanto, a Igreja que Jesus fundaria em alguns instantes, era uma Igreja que nasce a caminho da mundanidade; viria para os necessitados, carentes.  Havia no Mestre o desejo de compreender as necessidades dos homens.  Uma Igreja que se diferenciava em muito, no seu conceito, do que representou os três profetas citados.

Muitos hoje entendem a Igreja de Jesus dessa forma

Muito embora, a resposta dos discípulos foram condenadas por Jesus; há muitos, hoje, que defendem uma Igreja nos moldes dos três profetas.  Mais uma vez, assegura-se o fato de que os profetas foram homens com mensagens de Deus, sua distinção do que Jesus empreendeu se dá pelo fato de pertencerem a Alianças diferentes. 

Os que defendem uma Igreja nos moldes dos profetas citados, são os que entendem que Deus cabe exatamente no espaço vazio que existe em suas cabeças, ou seja, Deus é o que eles pensam.  Quando, na verdade, todos sabemos que Deus é muito maior do que o que pensamos.  Há quem defenda a tese de que sua igreja é a que mais se aproxima do ideal de Igreja defendido por Jesus.  Que heresia!!!!

Mais para frente, falar-se-á sobre a Igreja que não é a de Cristo, na perspectiva de cada profeta citado.

É isso...  por enquanto.

WJ

Nenhum comentário: