Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DOIS PILARES DA SANTA IGREJA

“Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Respondeu-lhe Jesus: Bem aventurado é tu Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus. E também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mt 16.16-18

Introdução

É interessante pensarmos na passagem supra, levando em consideração o trajeto de Jesus com seus discípulos. Jesus não ia para Jerusalém ou uma outra cidade com um histórico de religiosidade. Se Ele funda sua igreja a caminho de, que fosse a caminho de Jerusalém; seria o mais óbvio, mais comum. No entanto, Jesus caminha por caminhos não convencionais. Seus caminhos, muitas vezes, opostos aos nossos; suas idéias são contrárias, muitas vezes, às nossas. Daí, por que ele funda sua Igreja Santa a caminho de Cesaréia de Filipe, uma cidade que, convenhamos, não está à altura de Jerusalém para receber o “status” que a partir desse momento recebeu.

Cesaréia

Essencialmente na Palestina, havia duas Cesaréias: a de Palestina, cidade romana, fundada por Herodes o Grande, situada na costa do Mediterrâneo, 37 Km ao sul do monte Carmelo e 100 Km ao noroeste de Jerusalém; e a Cesaréia de Filipe, cidade gentílica, situada no sopé do monte Hermom, no Antilíbano, na cabeceira principal do rio Jordão, 32 Km ao norte da Galiléia. Distava 40Km de Betsaida [dois dias de caminho desta última]. A antiga Panion também Paneas ou Panias, que hoje ainda subsiste com o nome de Baniyas numa aldeia das fontes do Jordão. Foi helenizada no século III aC com uma população, também na região, que em sua maioria não era judia. Em 20 aC, Augusto a cedeu a Herodes, que nela construiu um grandioso templo dedicado ao imperador, feito de mármore branco sobre uma rocha que dominava a cidade e a fértil planície da qual era capital a antigas Pâneas, assim chamada porque perto da cidade existia uma gruta, dedicada desde tempos remotos, ao deus Pan ou Panion. A cidade foi ampliada e embelezada pelo tetrarca Filipe, que lhe deu o nome de Cesaréia em honra de Tibério César. Por isso foi chamada de Cesaréia de Filipe. A partir do século II foi chamada de Cesaréia de Paneas e no século IV em diante, o termo Cesaréia desapareceu, permanecendo apenas o antigo Paneas. O templo sobre a rocha evidentemente era um símbolo que Jesus não devia desperdiçar.

Lendo o texto

Fazendo uma leitura simples do texto, pede-se depreender que o nascimento da Igreja se dá a caminho da mundanidade, do pecado. Jesus sempre teve em mente o real sentido de ser da igreja, por isso afirmou que “os sãos não necessitam de médicos, e sim, os enfermos” (Mt 9.12). A Igreja nasce para sustentar os ideais sagrados e implementar a salvação. Assim como temos um corpo com membros e os membros são extensão de uma essência, a Igreja é parte integrante e extensão de Jesus, pois Paulo afirma que “Ele é a cabeça do corpo, a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18). Desta forma, pode-se pensar que a Igreja é agente de Cristo na terra para fazer concreta toda sua vontade. E a principal vontade de Jesus é a salvação dos homens.

Não há dúvidas de que a Igreja nasce a caminho da mundanidade e do pecado, simples e puramente para mostrar que seu papel fundamental é o entrelaçamento com os que estão necessitados, ou seja, os que estão no mundo e no pecado.

Outro ponto que merece reflexão é a artimanha do adversário maior. Em saber que a Igreja nasce para ser agente de Cristo na terra, o adversário maior se prepara, então, para uma guerra sem trégua. Daí o próprio Jesus afirmar que “...as portas do inferno não prevalecerão contra ela (igreja)” (Mt 16.18). Trata-se de uma batalha sem precedente na história. Os relatos bíblicos somados aos da história da Igreja demonstram que o adversário maior não tem outro objetivo se não o de lutar contra os ideais de Cristo, intrínsecos na vida da Santa Igreja. Isso leva a igreja a se sustentar sobre dois pilares:

a) A Igreja é cristológica

É interessante observar que a Igreja nasce de uma revelação. Jesus, ao se dirigir a Pedro, diz que a declaração de Pedro não foi produto do conhecimento formal ou experimental, muito pelo contrário, foi produto de uma revelação divina. Isto significa dizer que a Igreja é, em essência, cristológica. Ela existe por, em e para Cristo. A Igreja gira em torno de Cristo, como Cristo gira em torno da Igreja. Não há como conceber uma idéia de Igreja sem Cristo. Todo conglomerado de pessoas em torno de Cristo, permitindo que Cristo se movimente em torno de si é uma Igreja; o contrário, por sua vez, é simplesmente uma reunião de homens. Templos com pessoas cantando, orando, fazendo tudo parecido com culto, mas que não permite, por alguma razão implícita ou explícita a presença de Cristo não é igreja, é uma reunião de pessoas com boas intenções e similares.

A Igreja é cristológica em suas atitudes. Ninguém pode utilizar-se da igreja para o proveito próprio. Não se pode fazer da Igreja um balcão de negócios escusos. A Igreja nasceu da revelação divina para ser a centralidade de Cristo. É nela que Cristo se manifesta completamente. Veja o que Paulo diz aos Colossenses 2.9, “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Ora, se a Igreja é o corpo de Cristo e em seu corpo habita toda a plenitude da divindade, pode-se depreender dessa afirmação que na Igreja está toda a plenitude da divindade. Aí se configura o mistério do ser cristológico, e a Igreja é cristológica.

b) A Igreja possui uma cristologia sadia e bíblica

Alguém já disse que o “homem é aquilo que come”. A Igreja é exatamente aquilo que pensa sobre Jesus. É sua cristologia, seu pensamento, sua crença sobre Cristo que determinam que tipo de Igreja se é.

Quando Paulo foi aos Coríntios, teve a preocupação de ir desprovido do conhecimento formal e empírico para que sua mensagem não fugisse àquilo que é essência da Igreja. “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Pois nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.1,2). A Eclesiologia de Paulo passava pela sua Cristologia. Se Paulo nutria um sentimento de estruturar uma Igreja sadia em Corinto, ele precisava trilhar pelo caminho de uma Cristologia genuína.

Aos Gálatas, Paulo foi mais incisivo. Após expor o evangelho de Jesus na sua essência, após apresentar Cristo como o crucificado e cabeça da Igreja, ele não deixou pairar nenhuma sombra de dúvida afirmando, categoricamente, aos gálatas que “mais ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1.8). Paulo sabia que da sistematização do doutrina de Cristo dependia o sucesso ou o fracasso daquela obra.

E assim deve ser o funcionamento da Igreja, Cristológica em tudo. Nunca permitir que Cristo tenha outro papel, senão o central. Ele é a cabeça do corpo, ele é o centro de todas as coisas, é a centralidade de nossa fé, é o alvo maior da Igreja. A isso se soma a sua Cristologia. O que a Igreja pensa sobre Cristo é que vai determinar sua funcionalidade.

Sola Scriptura!

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