Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



sábado, 28 de julho de 2012

Isso é legalismo?

É incrível como as questões legalistas acompanham-nos desde os primórdios da igreja cristã.  O próprio apóstolo Paulo experimentou isso quando teve que falar na presença do apóstolo Pedro sobre o fato do  mesmo não comer nem beber com os gentios como antes dos da parte dos judeus chegaram ao local de festividade.  Essa postura de Pedro incomodou muito o apóstolo Paulo ao ponto de ele se levantar e falar na presença de todos contra essa atitude.

Hoje em dia também experimentamos as atitudes consequentes dos espíritos legalistas.  Sabemos que o legalismo tem influência em vários campos da religião cristã, quero compartilhar apenas um ponto do legalismo que diz respeito às lideranças eclesiásticas num período de campanha eleitoral.  

Nossos púlpitos muitas vezes negados ao irmãos para cantarem ou ministrarem uma palavra, em nome do sagrado.  Sim!, pois é assim que muitos líderes justificam os membros usarem da palavra num local que não seja o púlpito da igreja.  No entanto, esses mesmos líderes não somente oferecem os púlpitos aos mais variados tipos de políticos mundanos, como também oferecem o microfone para falarem à igreja do Senhor.  

É um tipo de legalismo, sim!  A aparência sendo colocada como mola mestra de espiritualidade.  Há muitos que tomam textos bíblicos, como honrar as autoridades constituídas, para justificarem tais práticas legalistas.

Que o Senhor nos proteja dos tais.

É isso.

Sola Scriptura.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Psicopata Espiritual"


Então é chegada a hora em que os homens se levantarão uns contra os outros na finalidade ímpar de desenvolver um sentimento de rebeldia, conspiração e crescimento em relação àquilo que pensam ser de suma importância para sua vida social?  

Então o momento em que muitos se converterão em seguidores cegos de seus próprios interesses, não interessando a quem possa ferir desde que consigam atingir seus mórbidos desejos pré fixados, é chegado?

Então é chegada a hora em que verdadeiramente os amigos se converterão em simples colegas disseminadores de contendas e dissabores?

Então ... é o fim?

Não.   É quase o fim.  O que se vê, hoje, é o que se pode chamar de "psicopata espiritual".  Aquele ser que fere seu semelhante - que o tinha até mesmo como amigo -, magoa e dissemina a discórdia entre os seus; fere de morte os companheiros e influentes amigos sem que esta atitude o aflija.  É interessante perceber que o sentimento que permeia os corações de muitos nos dias atuais são os mesmos que permearam, desde os tempos mais antigos, os corações dos homens sem Deus e sem princípios morais.  Não há nada de novo em atitudes semelhantes; se você está passando por situações semelhantes a que foi descrita acima, não se preocupe nem se desespere, pois você é mais um dentre muitos ao longo da história humana.

"Psicopata espiritual" são aqueles que professam uma fé viva (ao menos, é o que eles mesmo pregam), uma confiança em Cristo e em seus postulados.  Tentam passar uma espiritualidade incontestável; são homens que se colocam como estando acima de todos em relação à capacidade espiritual e acadêmica (o interessante, é que muitos são inteligentes mesmo); no entanto, cometem atos que distorcem daqueles que pregam.  São inconstantes e inconsequentes.  Ferem, magoam e pisam para conquistar os seus próprios objetivos.  Não importam para os tais, as questões de ética e moral (só as que eles mesmos pregam!).  Isso é possível, porque eles mesmos não sabem o que estão fazendo.  Não são perceptíveis a eles as atrocidades que praticam, muito pelo contrário.  Na concepção deste tipo de pessoa, suas atitudes são de homens corretos; pois não conseguem vislumbrar a partir de uma mente crítica.  Eles fazem o mal, mas na cabeça deles, estão fazendo o que é correto.

Quer saber de uma coisa real?  Há muitos homens assim nos dias atuais.  O evangelho de Cristo "sofre" por homens dessa estirpe.  Caráter comprometido, conversão falsificada, apregoadores de uma graça malbaratada. Na linguagem de C. Swindoll são os "assassinos da graça".  Interessante que o apóstolo Paulo disse que "com os tais nem comais"; ou seja, não devemos ter relacionamento que gere confiança e liberdade.   Dura palavra?  Mas é isso mesmo que Paulo nos ensina.

Se encontrar um por aí, lembre-se do conselho de Paulo.

É isso.

Sola Scriptura.

domingo, 22 de julho de 2012

Batismo em Cristo

"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados em sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.  Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.  Porque aquele que está morto está justificado do pecado."   (Rm 6.3-7)

A carta de Paulo, o apóstolo, aos Romanos é de difícil interpretação e de uma profundidade doutrinária incontestável. Prova disso é seu impacto na vida de ilustres nomes da história da Igreja Cristã, tais como Martinho Lutero e João Calvino.  Karl Barth dedicou um livro com nada mais que quatrocentas páginas para iniciar seu pensamento sobre o pensamento paulino acerca de doutrinas como justificação, regeneração, salvação, etc.

É notório que muitos defensores da doutrina arminiana ou "semi-arminiana", como gostam de ser chamados alguns amigos particulares, são homens estudiosos e fiéis aos postulados que defendem; mas, confesso que a leitura da carta aos Romanos de forma cuidadosa leva-nos a um caminho de aceitação dos conceitos teológicos reformados.  Não há como discutir os conceitos de regeneração, justificação, salvação e batismo em Cristo na carta aos Romanos sem que aceitemos os pontos reformados.

Quero dedicar este artigo para meditar no conceito de batismo em Cristo, conforme Paulo no texto supra.  Para entender este texto, é preciso nos afastarmos do conceito de batismo em água e com o Espírito Santo, cuja evidência é o falar em outras línguas, conforme creem os pentecostais.  É algo que ultrapassa esse conhecimento.

Sobre batismo, quem muito bem explicou foi Charles Swindoll.  Ele escreve:

"A palavra 'baptizo' tem basicamente a ver com identificação.  Era um termo usado no século I para se mergulhar um veste de cor clara em um corante que era, digamos, vermelho.  Assim que o tecido era mergulhado no corante vermelho, sua identidade era mudada da cor original para o vermelho.  O ato de mergulhar, que resultava na mudança de sua identidade, era chamado de 'baptizo'.  É o termo grego do qual vem a palavra batismo."

Cristo morreu por nós na cruz e ressuscitou dos mortos por nós na sepultura.  Logo, quando cremos na morte e  ressurreição de Jesus, somos mergulhados, 'baptizados' em Cristo.  Temos nossa identidade transformada; somos tingidos pelo corante do sangue de Jesus e passamos a ter sua cor - sua identidade.  O batismo sobre o qual Paulo descreve e defende nesse texto é o batismo da transformação de postura, identidade; o batismo que não parte do homem, mas de Deus.

O batismo em Cristo é o batismo que nos afasta do legalismo e das falácias atreladas às tradições históricas que nos distanciam do sagrado e nos aproxima do profano.  O batismo em Cristo é o batismo da transformação do coração, sobre o qual os profetas do Antigo Testamento tanto falaram quando pregavam a transformação do coração de pedra em coração de carne.  O batismo em Cristo é o batismo das realizações de Cristo na vida do homem.  O batismo da 'metanóia', mudança de rota.

Há muitos batizados em águas, falando outras línguas, mas nunca passaram pelo batismo em Cristo.  É óbvio que outros muitos experimentam o batismo em águas, falam em outras línguas e passaram pelo batismo em Cristo; no entanto o que se depreende do texto bíblico é o fato de atentarmos para o primeiro, principal e verdadeiro batismo, o batismo em Cristo.  Sem este não há salvação.

É isso. 

Sola Scriptura.