Interessante a forma como podemos utilizar das palavras para nos posicionar em relação ao mundo que nos rodeia. Tomar uma posição em determinado assunto, vai muito além da exposição, mesmo coerente e ética. Assumir uma posição é a forma mais brilhante de se apresentar, se expor. O bom disso tudo é quando sabemos manusear as palavras com eficácia.
Não é fácil trabalhar as palavras de forma filosófica e literária ao ponto de atingir o ápce de se estabelecer um processo fecundo de comunicação fundamentado na racionalidade sadia e na beleza poética. Há quem diga, inclusive, que isso pertença aos acadêmicos ou aos agraciados pelo dom sobrenatural e inato. No entanto, é fato que a busca incansável pelo aprendizado das palavras e o uso disseminado desse conhecimento faz do ser humano um ser mais envolvente e atraente. Sim! O uso das palavras envolve e atrai!
Melhor, porém, ainda, é quando as palavras são acompanhadas, e bem acompanhadas, pelas ações. As ações determinam o ser. Nunca me esquecerei da frase dita por um profesor no Seminário: "Ortodoxia sem graça é heterodoxia; ortodoxia com graça é amor". Aquele que consegue viver a plenitude do amor, consegue o belo consequente da união entre as palavras dóceis e a práxis envolvente.
Ninguém menos que o próprio Jesus combateu as palavras soltas ao vento. O que seria isso? Palavras soltas ao vento? São as palavras desacompanhadas das ações. É o discurso pelo discurso. A letra pela letra. As ações é que dão vida à existência; dão sabor à vida! Por isso, reafirmo que amo as palavras, mas amo mais as ações.
É isso