Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E AGORA... AS CINZAS

Mas porque com este feito deste lugar a que os inimigos do Senhor blasfemem, o filho que te nasceu morrerá. 2 Sm 12.14
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Deixando de lado a questão histórico-religiosa que envolve todo o processo carnavalesco, o fato é que estamos na chamada “quarta-feira de cinzas”. Um período em que os foliões (nem todos, é óbvio) estão se recuperando dos festejos que levaram o corpo ao êxtase nos últimos quatro dias.

É o dia de juntar as cinzas do que se restou; ajuntar os cacos, como dizia minha avó. É o dia de se deitar e relaxar, relaxar e relaxar. Amanhã é um outro dia... e a vida continua: trabalho, casa, escola...

Mas é também para a Igreja Santa um dia de se pensar sobre recomeço. Entendo que estamos necessitados de um mover do Espírito que nos leve a uma introspecção tal que nos conduza a reflexões profundas sobre nossa conduta diante do mundo e da sociedade.

a) Urge a necessidade de juntar os cacos

Algumas indagações devem ser feitas: O que fizemos nos transcorrer desse ano? E nesse período de carnaval? Como temos nos comportado diante da sociedade carente pelo Evangelho de Jesus?

É preciso juntar os cacos do que sobrou. É interessante observar que se ainda há cacos, há alguma coisa para apresentarmos ao Senhor. À semelhança do que falou o Senhor a Jó: “Pelo menos há esperança para a árvore: Se for cortada ainda se renovará, e não cessarão seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu tronco no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como planta.” (Jó 14.7-9).

Ainda estamos perto das águas que alimentam e saciam a sede! Juntemos os cacos e apresentemos ao Senhor, pois Ele é capaz de nos apresentar o caminho do sucesso e da grandeza espiritual.

b) Urge a necessidade de orar

A Igreja precisa orar mais. Temos a necessidade ímpar de vivermos uma vida de oração. Sei, perfeitamente, que oro menos do que orava e muito menos do que devia, mas hoje estou sendo tocado pelo Senhor a voltar a ter uma vida de oração mais vívida. A oração, na linguagem de Caio Fábio, é “mente que tagarela com Deus”. É a relação íntima entre dois seres. Orar é necessidade imediata da Igreja.

Penso que é de suma importância a oração congregacional, além de genuinamente bíblica, mas estou me referindo à oração individual, aquela sobre a qual o próprio Senhor Jesus falou, “entra, feche a porta do seu quarto e o Senhor que te vê em oculto te recompensará” (Mt 6.6). Não resta dúvida de que essa postura é uma necessidade mais que urgente da Santa Igreja do Senhor nos dias atuais.

c) Urge a necessidade de rever seus conceitos

Precisamos rever nossa conduta enquanto servos e representantes do Reino. Qual tem sido nossa prática diária? Temos dado o exemplo desejado pelo Senhor?

Quantos equívocos cometemos, mesmo com a intenção de fazermos o correto. Muitas vezes ferimos nossos irmãos no afã de lutarmos pela verdade (ou suposta verdade). Esse é o momento que o Senhor nos tem dado para a ortopraxia.

Bom, nessa reflexão pós carnaval, meu desejo é que nós, enquanto Igreja do Senhor, logo, portadora do baluarte da verdade sagrada, conduzamo-nos pelo caminho da reflexão e do amor.

Sola scriptura