Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O QUE ESPERO DA ASSEMBLEIA DE DEUS

Dei meus primeiros passos na fé em uma Igreja Batista. Foram momentos mágicos, dos quais me lembro até o dia de hoje. Adorava quando minha avó me levava aos domingos para participar da Escola Bíblica Dominical na Primeira Igreja Batista de Angra dos Reis. Após o ensino nas classes, íamos para o templo ouvir as maravilhosas e profundas mensagens proferidas pelo pastor da igreja, Pr. Manoel Luís Sobrinho - homem de uma capacidade e envergadura invejáveis.

No entanto, após alguns anos, fui com meus pais para a Assembleia de Deus, igreja que aprendi amar e trabalhar para o Senhor. Aqui gastei minha adolescência e juventude; vivi quase toda minha vida, ingressei no Seminário e no Santo Ministério. Aprendi que devemos dar frutos onde Deus nos planta, e acredito fervorosamente que o Senhor me plantou na Assembleia de Deus para aqui servi-lo com todo meu coração.

Não posso negar, portanto, que a Assembleia de Deus tem se moldado aos parâmetros atuais e, com essa postura, se distanciado de alguns marcos antigos. Não quero entrar no mérito dessa questão, mas posso afirmar que essa postura tem trazido alguns retrocessos, embora alguns queiram avistar somente os avanços.

Tudo bem, o fato é que estamos às portas de uma Convenção - 20 a 24 de abril de 2009, no Pavilhão de exposições de Carapina, Vitória/ES - que se diferencia das anteriores por duas razões fundamentais: primeira, elegeremos a nova Mesa Diretora para os próximos quatro (e não, dois) anos; e, segunda, essa nova Mesa conduzirá as Assembleias de Deus nos festejos do seu centenário. Isso tem feito com que muitos assembleianos amantes da instituição lancem nos blogs e meios de comunicação, seus sonhos e almejos das Assembleias de Deus.

Não poderia deixar de expor meus desejos. Ei-los, ao menos alguns:

a) Que saiamos dessa Convenção unidos. Confesso que tenho orado muito pelo futuro de nossa Convenção após as eleições no dia 23 de abril do corrente ano.

b) Que a nova Mesa e os que comporão os cargos de todos os escalões sejam verdadeiros homens de Deus, compromissados com os ideais de Cristo e o modelo de igreja assembleiana.

c) Que haja uma luta incansável para que as Assembleias de Deus tenha uma “cara”. Sei da dificuldade, por termos uma Convenção de Ministros, em que não há gerência nas Igrejas, mas que se tenha iniciativa de apresentar uma Assembleia de Deus unida em sua Doutrina.

d) Que uma minoria não decida a “regra do jogo”. Espero que as Assembleias de Deus faça as eleições em um dia determinado, mas que as urnas estejam espalhadas pelas Convenções Regionais e Estaduais. Não preciso ir a Vitória votar, poderia votar na sede de minha convenção regional, a CONFADERJ, por exemplo. Um Ministro do interior do Piauí, por exemplo, não precisaria vir a Vitória, antes votaria na sede de sua convenção regional, enfim. Com certeza, teríamos muito mais Ministros participando do processo eleitoral e a Mesa sairia com mais autoridade.

e) Que as Assembleias de Deus pense e repense sobre a busca incansável de se obter um canal de televisão. Penso que mais importante que isso, é a manutenção de uma agenda educacional e social. Poderíamos ter um Hospital Assembleiano, um Colégio Assembleiano, um Asilo Assembleiano, etc. Quanto ao canal de televisão; deveríamos investir na evangelização utilizando a mídia, mas não há necessidade de se obter um canal. Até porque, o canal de televisão pertencerá à Assembleia de Deus, mas ficará no nome de quem?

f) Que as Assembleias de Deus não seja vista como uma empresa ou um pequeno feudo. Que a ideia (que já faz parte da prática) da hereditariedade desapareça.

g) Que haja um pensamento de se emancipar igrejas com condições de se manter. É de puro mal gosto o que vemos em nossa querida denominação; Presidentes se fartando enquanto um incontável números de fiéis trabalhadores são escravizados.

É isso que espero da minha querida Assembleia de Deus. Sou um Ministro Assembleiano, e aprendi amar minha denominação, mas entendo que ainda estamos muito aquém daquilo que o Senhor determinou para nós.

Sola Scriptura.