Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quarta-feira, 29 de junho de 2011

"FOI MUITO FORTE..."

Como muitos, amantes do evangelho genuíno e bíblico, também fico pensativo e, até certo ponto, estupefato com as aberrações que se cultivam em nome de suposto avivamento.  São os "avivalistas" do século XXI.  Homens que entendem que o avivamento sadio é a expressão maior do movimento, do "reteté" e similares.  São adeptos, então, do pensamento triunfalista; comungam dos pressupostos da teologia da prosperidade.

Há muitas frases de impacto.  O que chamamos na literatura de "lugar comum".  Termos e expressões que levam à prolixidade, ou seja, não levam a lugar algum, apenas enfeitam o discurso sem objetividade (ao menos que o objetivo seja a resposta dos ouvintes na forma de "êxtase").  A expressão que dá título a este artigo é muito usada pelos ditos pregadores.  Mas, o que significa ser"muito forte"?  Seria a explosão de glórias a Deus e aleluia, abraços, mãos levantadas, choro, línguas estranhas, etc e tal?  Seria o choro compulsivo de muitos irmãos por terem seus emocionais atingidos?  Penso, a partir das experiências e convívo com esses pregadores triunfalistas (não que concorde com esse tipo de mensagem, muito pelo contrário) que "foi muito forte" é algo que responda sim à primeira pergunta.

No entanto, a exposição bíblica, por si só, não é muito forte?  O compromisso de se pregar o Evangelho e pregá-lo com seriedade e objetividade, não é muito forte?  Não seria muito forte se ao término da pregação houvesse muitas pessoas chorando e se declarando atingidas pelo poder salvívico de Jesus?  É de se perceber que os valores da pós modernidade, que corrompem a sociedade do nosso século, de certa forma se tem manifestado também na igreja através, dentre muitos, deste tipo comportamental.  Expressões desse tipo só fazem com que o "evangelho" se amesquinhe. 

O evangelho de Jesus é forte por si só.  No último domingo, após o culto, encontrei um amigo que estava ministrando em uma igreja; logo que me viu, disse: "Amigo, foi muito forte hoje, e lá contigo?" ao que respondi: "Sempre é forte".  É o que penso.  Ministrar com sinceridade e seriedade; preocupar-se em preparar uma mensagem nas bases da oração e do estudo sistêmico; falar aquilo que o Senhor quer que se fale ao Seu povo, indubitavelmente, será forte.

A partir daí, então, poder-se-á dizer sempre que "foi muito forte"!

É o que penso.