Até quando, Assembleia de Deus!?

A linha que divide o pensamento de uma Assembleia de Deus enquanto instituição Santa e uma empresa particular de uma família como qualquer outra com CGC e CNPJ, que emprega funcionários, cumpre suas obrigações e são dirigidas pelo "dono" ou maior acionista; é quase imperceptível; diria que é mais fina que um fio de cabelo.

O mais interessante de tudo isso é que em quase todos (se não em todos) estatutos há a cláusula que rege a vacância da presidência.  A essência do artigo é a seguinte: havendo vacância da presidência, o vice-presidente assume e tem um mês (o prazo varia) para convocar eleições.  Os habilitados a votarem pode ser o corpo de ministros (pastores e evangelistas), o corpo de obreiros (diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores) ou até a igreja de um modo geral.

O fato é que quase nenhum pastor presidente cumpre, pois costumam passar a presidência ainda vivo, muitas vezes até no leito.  Agem como se a Igreja fosse uma empresa.

Acredito no período, após a vacância declarada, de oração, jejum e choro ao Senhor para que o novo líder seja aquele que o nosso Cristo escolher.   A histórianos mostra que quase sempre foi assim. 

Mas as coisas mudaram!  É uma carreira.  Os presidentes hoje já escolhem seus sucessores.  Há uma linha sucessória como  uma dinastia.

Fico feliz em saber que em algumas grandes metrópoles funciona como manda o Estatuto.  Cito dois bons exemplos, o primeiro, a vacância ocorre após a morte do presidente; o segundo, a vacância ocorre após a jubilação do presidente: 

a)  A posse do Pr. Wagner Tadeu Gaby dos Santos, na Assembleia de Deus em Curitiba - PR.  Após a morte do Pr. José Pimentel de Carvalho, houve eleição.

b)  A posse do Pr. Luiz Francisco dos Santos, em 11 de dezembro de 2011, na Assembleiade Deus em Taubaté - SP.  Após a jubilação do Pr. José Ezequiel, houve eleição.

Confesso que espero no Senhor o dia em que todas as Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus se cumpra o Estatuto e se permita a escolha de seu líder.  Que nossa querida Assembleia de Deus não seja governada como se fosse uma empresa privada de uma família.

Que o Senhor nos livre dessas atitudes.