Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



sexta-feira, 26 de setembro de 2008

PARA ANDAR SOBRE AS ÁGUAS, É NECESSÁRIO SAIR DO BARCO

"E Ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus." Mt 14.29

Eu havia preparado esse artigo há um tempo atrás, mas ainda não tinha um título. Foi quando recebi uma revista da Editora Vida e, para minha surpresa, ali estava um artigo escrito por um renomado pastor com esse tema. Não tive nenhum receio, fiz uma pequena alteração e copiei o título. É óbvio que o artigo é totalmente diferente, mas vale a explicação de onde veio o título.

O apóstolo Pedro quando ouviu a ordem do Senhor Jesus, não hesitou e foi ao encontro do Mestre. Confesso que perscrutando esse texto e me deixando envolver pela sua simplicidade e profundidade, cheguei a algumas conclusões pertinentes à vida cristã e à forma como a conduzimos.

“Andar sobre as águas”, fala de novos horizontes, novas propostas. Andar sobre as águas é solidificar o abstrato, concretizar o ideal, o sonho. No entanto, andar sobre as águas tem a conotação também de entrega total à vocação ministerial. É importante salientarmos que no envolvimento da vida cristã obtém-se, dentre muitas atitudes, a generosidade do Senhor. Foi o que aconteceu com Pedro, ele ouviu a ordem: “Vem”. Quantos de nós ouvimos essa ordem do Senhor e nos maravilhamos! Sim, maravilhamo-nos porque sabemos que somos úteis na obra do Mestre, porque podemos exercer o ministério a nós confiado, enfim.

“Andar sobre as águas”, portanto impele-nos a Cristo. É caminhar com o Senhor; ser participante de tudo que o Senhor destinou aos fiéis. É compartilhar com Cristo; ser Seu amigo; seu cúmplice. Andar sobre as águas é viver intimamente com o Senhor ao ponto de solidificar o que é líquido.

É isso que o Senhor deseja de sua igreja; que ela ande sobre as águas, que coloque em prática os seus ideais, que viva, cada dia mais intensamente os seus projetos, que lance mão no arado e não olhe para trás; que entenda e encarne a sua responsabilidade como agente de Deus na face da terra; que peça ao Senhor: “se és tu mesmo que está aqui e fala comigo, então me permita ir ao Seu encontro”; e, com certeza, ouvirá do Mestre, tal qual Pedro: “Vem”. Depois, ah! Depois é só lançar-se aos braços do Senhor e viver sobre as águas, viver na dependência exclusiva do Mestre. Aleluia!

Quando pensava nas razões básicas e nos privilégios de andarmos sobre as águas com Cristo, confesso que me veio uma sensação maravilhosa de que estava em outro mundo; pois não há nada mais agradável e mais importante neste mundo do que sabermos que somos úteis para o Senhor e que estamos sobre as águas com Ele. Todavia, pude voltar ao texto, perscrutá-lo mais um pouco e entender que Pedro só conseguiu o milagre de andar sobre as águas, só marcou seu nome nos anais da história cristã, porque um dia saiu do barco. O que representa sair do barco, então? Sair do barco tem a conotação de ato voluntário em seguir os passos e a ordem do Mestre. Sair do barco fala de disponibilidade interna, total e incondicional. Fala em aceitar os desafios propostos e amalgamados no santo ministério.

Não tenho dúvidas de que o Senhor deseja fazer dessa geração uma geração que marque, uma geração que faça acontecer, mas para isso é necessário que saiamos do barco. O barco da incredulidade, o barco da vida sossegada, o barco da escravidão, o barco do cristianismo mascarado, o barco do evangelicalismo, do modernismo, do farisaísmo, etc. Precisamos dar o primeiro passo, consciente de que o Senhor solidificará as águas a fim de que pisemos e marquemos nossos nomes na história. Não tenho dúvida alguma que ecoa a voz do Senhor nesse século dizendo: “Vem”. Sabemos que o mar está bravio, venta forte, é grande e intensa a luta, mas vamos sair do barco e andarmos sobre as águas. Vamos?

É muito importante sermos usados pelo Senhor, exercer nossos ministérios, mas não podemos nos esquecer de que para andarmos sobre as águas, é necessário primeiro sairmos do barco.....

Sola Scripturas.

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