Acordei hoje com uma "baita" dor, pois ontem extrai um dente, com pequenas complicações. Bem que o Dr. me disse para comprar logo um tylenol porque após o efeito da anestesia eu sentiria dor; mas como tive alguns compromissos ontem e choveu muito (ainda chove muito forte aqui em Angra dos Reis), acabei me esquecendo. Resultado, passei a noite quase que toda com uma forte dor. Bom, entendi que poderia usar esse tempo que não conseguia dormir para orar.
Pela manhã, a primeira coisa que fiz foi ir à farmácia e comprar o "bendito" remédio. Sabe? Enquanto não mais sentia dor, peguei-me, em meio aos pensamentos vagos, refletindo sobre o fato de que ainda nos restam 15 dias para darmos um ponto final no ano de 2010.
Quero, pensar um pouco sobre alguns pontos que considero fundamentais; sei que não esgotarei o assunto naquilo que tentarei descrever, nem pensarei sobre todos os pontos considerados fundamentais, mas ao menos, sobre alguns ponderaremos com responsabilidades:
a) O Centenário das Assembleias de Deus no Brasil
Terminado o ano de 2010, entraremos no ano do Centenário. Foi no dia 11 de junho que Daniel Berg e Gunar Vingren funadaram, na cidade de Belém - PA, aquela que seria após algumas décadas a maior denominação evangélica desse país e um dos maiores movimentos pentecostais do mundo.
Sei que as Assembleias de Deus fizeram muito em benefício da sociedade brasileira em todos os seus setores. A pregação do evangelho genuíno leva homens e mulheres a mudanças de hábitos e comportamentos. Muitos deixam o mundo (ou submundo?) das drogas, dos vícios, da prostituição; casamentos são restaurados; famílias são solidificadas pelas bases do respeito, enfim. Não se pode negar que as isenções dos impostos oferecidas pelo governo e garantidas por leis às igrejas evangélicas têm como contra partida a infinidade de dinheiro que o governo deixa de gastar com aqueles que são recuperados do submundo.
Além disso, deve considerar também, o trabalho de cunho espiritual. As Assembleias de Deus no Brasil vem se despertando para o estudo sistêmico das Sagradas Escrituras; não deixando de lado sua marca de espiritualidade e crendo na atualidade dos dons espirituais. Muitas Escolas, Faculdades Teológicas têm surgido, ensinando teologia com responsabilidade. O que nos leva a ter uma geração mais preparada para os grandes desafios da pós modernidade. Poderia citar muitos teólogos assembleianos, contentar-me-ei em citar apenas meus amigos particulares: João Kolenda Lemos (mestre dos mestres), Antônio Gilberto, Esdras Costa Bentho e César Moisés, dentre muitos, mas muitos outros mesmo. Sempre agradeço ao Senhor por fazer parte de uma geração rica em conhecimento; penso que não conseguimos medir a extensão daquilo que já realizamos e continuaremos a realizar.
No entanto, às portas do Centenário, deparamo-nos com inúmeros problemas, tais como a divisão, o desrespeito, a formação e continuidade do que chamo de pequeno feudo (essa idéia doentia de se formar grandes ministérios em que o presidente "é o cara" enquanto muitos auxiliares "ralam" nas congregações para receberem ajuda de custo). Refiro-me à divisão das Convenções de Madureira e Geral, e as divisões ministeriais. Sei que fazem parte da normalidade uma prática dessas em uma denominação do tamanho das Assembleias de Deus, mas poderíamos chegar ao Centenário, ao menos, unidos. Um exemplo: Como ficará a festa do Centenário? A Igreja mãe em "litígio" com a cúpula da CGADB, realizará uma festa paralela? A CGADB, por sua vez, não respeitará o fato de o centenário ser de fato (pode não ser de direito) da Igreja mãe? Caso não houvesse essa divisão, não teríamos tais indagações.
Ainda restam 15 dias... paremos e pensemos; reflitamos no melhor para um 2011 cheio de grandes realizações e que seja apenas o início do segundo Centenário. Deus ajude a nossa querida Assembleia de Deus.
Até o próximo post.
Em Cristo sempre,
WJ
2 comentários:
Caro amigo:
Como conciliar a busca da unidade com respeito às liberdades individuais? Divisões enfraquecem a Igreja, mas a concentração de poder criam verdadeiros "semi-deuses" dentro de nossa hierarquia. Qual o melhor modelo?
Aproveito o espaço para informar a comemoração do Dia da Bíblia realizada pelo Conselho de Pastores no Parque Mambucaba. Para ver a matéria completa e fotos, veja em www.cpar.com.br.
Na Graça e na Paz de Cristo,
Pr. Pedro Lucena.
Caro amigo, Pr. Pedro Lucena, graç e paz!
Primeiro, quero agradecer pela visita, leitura e comentário nesse modesto blog; saiba que suas palavras sempre enriquecerão, pois são avalisadas pelo saber e ponderação.
Amigo, acredito que a busca pelo melhor modelo é uma utopia, mas possível. Penso que o melhor modelo é a busca pelo caminho descrito pelo Mestre: o respeito e a unidade. Precisamos agir de forma a respeitar o contraditório, nas questões secundárias; ser unidos nas questões essenciais, e em todas as coisas agir com amor. Há condição de conciliar o respeito às liberdades individuais nas bases da unidade; essa é a sina do verdadeiro evangelho.
Em Cristo sempre,
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