A Teologia que já foi considerada a "águia ciência" nos idos da Idade Média - tudo bem que nesse período dominava o mundo acadêmico e, por conseguinte, o mundo em geral -; sobreviveu aos ataques do Iluminismo do século XVIII - desde o positivismo de Augusto Comte, passando pelo cientificismo de Darwim e as consequências da Revolução Industrial; e conseguiu, com êxito, responder às expectativas da sociedade do século XX comhomens da extirpe de Paul Tillich, Barth, Bonhoeffer, mais recentemente John Sttot, dentre muitos outros; é bem provável que esteja sofrendo um dos seus maiores ataques, exatamente porque se trata de um ataque interno. Seria como "cortar na própria carne".
A teologia dos neo pentecostais, propositadamente escrita com letra minúscula, pois minúsculos são seus postulados, conhecida também como teologia da prosperidade, infelizmente não vem servindo aos ideais cristãos. Penso que é um sistema que estrutura projeto de poder e não de Reino. Um arcabouço que trabalha as misérias e o desespero do homem moderno; ensina categoricamente a negociata com Deus (como se Deus aceitasse tal atitude). Essas práticas, aliadas ás aberrações teóricas tais como o corpo de Jesus se equivaler ao de Satanás, conforme Hagin em seu livro "O nome de Jesus", e outras tantas; fazem com que reflitamos sobre as instituições que têm essa teologia como fundamento teórico - principalmente o movimento neo pentecostal.
O Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana no Brasil, reunido no primeiro semestre de 2010, decidiu tomar as igrejas neo pentecostais IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) e IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus) como seitas e rebatizarem seus membros que forem para a IPB. Essa decisão não foi tomada por motivos que não seja o doutrinário. Há inúmeros motivos para alguém contradizer tal decisão, mas nenhum perpassaria pelo zelo da sã doutrina, e confesso que é isso que vale.
Penso que outras denominações sérias deveriam se posicionar também sobre tais movimentos neo pentecostais que se fundamentam na teologia da prosperidade e em atitudes que fazem da "igreja" mais um comércio do que instituição portadora das verdades eternas.
É isso.
Um comentário:
Faço eco às considerações preliminares do pr. William de Jesus. Respeito os pentecostais históricos, agora os neopentecostais, na realidade deveriam ser chamados "pseudopentecostais"!
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