Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

COMO NUVEM DE GAFANHOTOS, ELES ESTÃO CHEGANDO!

“O que ficou do gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que ficou do gafanhoto migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que ficou do gafanhoto devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor”. Joel 1.4.

Há algum tempo, venho pensando profundamente na possibilidade de expor, através de um artigo, meus pensamentos e minhas idéias sobre o real quadro de pura instabilidade, incertezas e morbidez que permeia nossa sociedade angrense. Quadro esse, fruto da inconsistência e depravações dos valores ético-morais, os quais devem pautar nossa conduta em todos os setores de nossas vidas.

Foi com pesar, tristeza e decepção que tomei conhecimento da desistência da terceira via. Penso que quando alguém se predispõe a entrar no processo político-eletivo tem conhecimento de que, com sua atitude, envolve outras pessoas (e, diga-se de passagem, muitas, ou até a grande maioria, pessoas de bem), envolve ideais e vidas. Se for uma pessoa, cuja vida é pela postura ético-moral, o mínimo que se espera é uma atitude de levar sua candidatura até o fim, mesmo que se perca a eleição. Uma derrota nas urnas não é absolutamente nada, diante da palavra empenhada.

É com muita preocupação – e, por isso mesmo, estou me resguardando em um processo salutar de oração e reflexões – que acompanho o envolvimento, sem precedente, da liderança evangélica com a política partidária (resguardando alguns poucos líderes). Penso que, como diz Aristóteles, “todo homem é um ser político”, mas, entendo, que nem todos devem se envolver com a política partidária. Aquele que aceita o chamado ministerial e se entrega ao serviço sacerdotal é representante do sagrado. Seu papel mais sublime na sociedade é servir, pastorear e apascentar. Não há como associarmos o serviço pastoral, sacerdotal com o envolvimento na política partidária. É incrível como alguns líderes estão com seus olhos vendados e não percebem que estão sendo presas fáceis para o adversário maior! A semelhança dos ímpios que viviam no período de asafe, espremem a justiça e a sorvem como um copo d’água; não há o mínimo de preocupação com o chamado e a responsabilidade com a igreja.

É com muita veemência que leio o texto de Joel. Acredito que se trata de um texto histórico-escatológico. Um texto que nos remonta ao ataque das hostes infernais que virão para destruir a terra e os valores que a regem. Acredito, com muita tristeza no coração, que muitos dos nossos líderes, com suas atitudes mesquinhas e descompromissadas com o evangelho de Cristo, fazem parte, se não das primeiras fileiras, desse exército de gafanhotos. Que Deus nos proteja dos inimigos e das condutas dessas lideranças.

É com olhar profético e nutrindo a viva esperança que vejo no horizonte o agir de Cristo em prol dos fiéis. Não importa se percamos hoje, o mais importante é sermos fiéis aos ideais de nosso bom mestre e segui-los, independente de quaisquer ações contrárias. Não podemos jamais nos esquecer de que a Igreja sempre será a Igreja limpa, incorrupta, que não se vende; não barganha valores, nem se assenta nas rodas dos escarnecedores. Todos nós chegaremos diante de Cristo para a prestação de contas, e naquele dia cada um dará conta dos seus atos.

Que Deus nos proteja!

William de Jesus é pastor auxiliar na assembléia de Deus – Ministério Sul Fluminense e Diretor do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus de Angra dos Reis.

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