“Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão. Porque levantarei a minha mão aos céus e direi: Eu vivo para sempre. Se eu afiar a minha espada reluzente e travar do juízo a minha mão, farei tornar a vingança sobre os meus adversários e recompensarei os meus aborrecedores.” Dt 32.39-41
.
No momento em que me preparo para redigir esse artigo reflexivo, vem a minha mente um episódio que marcou minha estada no Seminário Teológico. Tínhamos aulas memoráveis, e numa delas, Teologia Sistemática, discutíamos sobre o processo salvífico. Meu professor, Pr. Cláudio Rogério dos Santos, foi seguro, objetivo e claro: “Não há salvação fora do sangue de Jesus”.
Lembro-me, também, que havia uma febre no Seminário. Quase todos os seminaristas liam o livro “O fator Melquisedeque”, Millard Erickson, Editora Vida Nova (inclusive, indico a leitura). Esse livro trata do mundo preparado para receber o Messias. Narra fatos históricos que, na mente do autor, eram caracteres visíveis de que havia uma manifestação divina para todos os povos, incluindo aqueles que não tiveram contato com o evangelho.
Com base nas informações do livro de Erickson, um colega perguntou ao Pr. Cláudio, professor de Teologia Sistemática: “Se não há salvação fora do sangue de Jesus e, se muitos não tiveram oportunidade de contato com a mensagem do evangelho, como chegam à salvação? Isso não seria calvinismo?” Ao que o professor respondeu: “Você pode até pensar que é calvinismo, mas continuo afirmando que não há salvação fora do sangue de Jesus”.
Meus pressupostos teológicos primam pelo que é bíblico e histórico. Destarte, não posso nem devo, por questão de bom senso, ir contra os princípios que norteiam meus pensamentos teológicos. Ainda que alguns me tenham como reformado, calvinista ou similar, sempre pautarei minhas idéias pelo que entendo ser bíblico e histórico.
À semelhança do meu professor, também não entendo salvação fora do sangue de Jesus. Acredito piamente que o conhecimento no poder de salvação existente no sangue de Jesus, que leva o homem a invocar o nome do Senhor (Rm 10.13), é a expressão maior da salvação. É interessante que “isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).
Acredito na soberania incondicional do Senhor. Sou um cristão professo, autêntico e conhecedor das limitações humanas. Por tudo isso, acredito e aceito a soberania do Senhor.
a) Ele é soberano em suas ações
Há, nitidamente, no cântico de Moisés (Dt 32) a intervenção de Deus na história de seu povo, eliminando as nações pagãs e dissipando seus deuses. O próprio Deus de Moisés se autoengrandece pelos seus feitos. Quando Moisés e Israel olham para a história percebem que Deus fez o que fez simples e puramente porque quis fazê-lo. Não se percebe nas linhas históricas e doutrinárias nenhuma resistência sobre essa questão.
Hoje, parece que com o advento da “Teologia Marginal”, aquela que pressupõe o homem como criador e Deus como criatura; aquela que atribui ao homem direito sobre Deus; aquela que leva o homem a colocar Deus no paredão e, tal qual Pedro (Mt 16.22), repreende-lo, dizendo: “Se não me der isso ou aquilo, deixo de te seguir”; o homem passou a indagar a soberania de Deus. É clara e evidente a noção de um Deus que não seja soberano em suas ações, mas que precisa pedir autorização ao homem para realizar o que quer, porque se Ele fizer o que quer e isso ferir os padrões éticos e morais que permeiam o arcabouço intelectual do homem, não se está diante de um Deus genuinamente bom e bíblico.
Parece-me genuinamente bíblico aceitar um Deus altamente soberano, que esteja acima de meus pressupostos e, até mesmo, de minhas adequadas justiças. Sobre nossa justiça, Paulo afirma que “a loucura de Deus é mais sábia que os homens” (1 Co 1.25). Não há como aceitar um Deus pela metade. O grande problema hoje é adequar um Deus àquilo que se é conveniente. Mas o Deus da bíblia e da história não é um Deus que se permite adequar; não é um Deus passivo, muito pelo contrário. Acredito num Deus que tem as rédeas da situação, que controla todas as coisas e que é soberano em tudo que faz.
Partindo dessa premissa básica, entendo que o processo de salvação é cristocêntrico, ou seja, começa nEle, se desenvolve nEle e termina nEle. Nesse processo, o homem é passivo. O homem é atingido pelo poder de salvação existente no sangue dEle e, daí então, clama pelo Senhor.
Louvado seja o Senhor porque nos fez ovelhas de seu pasto e pelo fato de ser soberano em suas ações.
Que Deus nos abençoe.
Sola Scriptura.
Lembro-me, também, que havia uma febre no Seminário. Quase todos os seminaristas liam o livro “O fator Melquisedeque”, Millard Erickson, Editora Vida Nova (inclusive, indico a leitura). Esse livro trata do mundo preparado para receber o Messias. Narra fatos históricos que, na mente do autor, eram caracteres visíveis de que havia uma manifestação divina para todos os povos, incluindo aqueles que não tiveram contato com o evangelho.
Com base nas informações do livro de Erickson, um colega perguntou ao Pr. Cláudio, professor de Teologia Sistemática: “Se não há salvação fora do sangue de Jesus e, se muitos não tiveram oportunidade de contato com a mensagem do evangelho, como chegam à salvação? Isso não seria calvinismo?” Ao que o professor respondeu: “Você pode até pensar que é calvinismo, mas continuo afirmando que não há salvação fora do sangue de Jesus”.
Meus pressupostos teológicos primam pelo que é bíblico e histórico. Destarte, não posso nem devo, por questão de bom senso, ir contra os princípios que norteiam meus pensamentos teológicos. Ainda que alguns me tenham como reformado, calvinista ou similar, sempre pautarei minhas idéias pelo que entendo ser bíblico e histórico.
À semelhança do meu professor, também não entendo salvação fora do sangue de Jesus. Acredito piamente que o conhecimento no poder de salvação existente no sangue de Jesus, que leva o homem a invocar o nome do Senhor (Rm 10.13), é a expressão maior da salvação. É interessante que “isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).
Acredito na soberania incondicional do Senhor. Sou um cristão professo, autêntico e conhecedor das limitações humanas. Por tudo isso, acredito e aceito a soberania do Senhor.
a) Ele é soberano em suas ações
Há, nitidamente, no cântico de Moisés (Dt 32) a intervenção de Deus na história de seu povo, eliminando as nações pagãs e dissipando seus deuses. O próprio Deus de Moisés se autoengrandece pelos seus feitos. Quando Moisés e Israel olham para a história percebem que Deus fez o que fez simples e puramente porque quis fazê-lo. Não se percebe nas linhas históricas e doutrinárias nenhuma resistência sobre essa questão.
Hoje, parece que com o advento da “Teologia Marginal”, aquela que pressupõe o homem como criador e Deus como criatura; aquela que atribui ao homem direito sobre Deus; aquela que leva o homem a colocar Deus no paredão e, tal qual Pedro (Mt 16.22), repreende-lo, dizendo: “Se não me der isso ou aquilo, deixo de te seguir”; o homem passou a indagar a soberania de Deus. É clara e evidente a noção de um Deus que não seja soberano em suas ações, mas que precisa pedir autorização ao homem para realizar o que quer, porque se Ele fizer o que quer e isso ferir os padrões éticos e morais que permeiam o arcabouço intelectual do homem, não se está diante de um Deus genuinamente bom e bíblico.
Parece-me genuinamente bíblico aceitar um Deus altamente soberano, que esteja acima de meus pressupostos e, até mesmo, de minhas adequadas justiças. Sobre nossa justiça, Paulo afirma que “a loucura de Deus é mais sábia que os homens” (1 Co 1.25). Não há como aceitar um Deus pela metade. O grande problema hoje é adequar um Deus àquilo que se é conveniente. Mas o Deus da bíblia e da história não é um Deus que se permite adequar; não é um Deus passivo, muito pelo contrário. Acredito num Deus que tem as rédeas da situação, que controla todas as coisas e que é soberano em tudo que faz.
Partindo dessa premissa básica, entendo que o processo de salvação é cristocêntrico, ou seja, começa nEle, se desenvolve nEle e termina nEle. Nesse processo, o homem é passivo. O homem é atingido pelo poder de salvação existente no sangue dEle e, daí então, clama pelo Senhor.
Louvado seja o Senhor porque nos fez ovelhas de seu pasto e pelo fato de ser soberano em suas ações.
Que Deus nos abençoe.
Sola Scriptura.
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