Senhor, ajude-nos a cairmos sempre prostrados aos seus pés em sinal de constrangimento, submissão e amor!



sábado, 30 de outubro de 2010

REFORMADO, SIM! (Parte 2)


Entende-se por Teologia Reformada, todo sistema teológico surgido no século 16.  Então, trata-se de um sistema teológico novo?  Claro, que não; pois os reformadores basearam seus pressupostos nas Escrituras Sagradas, como indica o credo do "Sola Scriptura".  Desta forma, O sistema teológico conhecido como Teologia Reformada é um sistema que procura dar continuidade às doutrinas dos apóstolos.

Em linhas gerais, os fundamentos da Teologia Reformada são quatro:  A autoridade das Escrituras, a Soberania de Deus, a Salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de Evangelismo.  Esses fundamentos estão interligados e a defesa de um depende muito do que se pensa sobre os outros.  No entanto, a maior relutância em se aceitar a Teologia Reformada, é quanto ao fundamento da Salvação pela graça.

O que significa salvação pela graça através de Cristo?  A Teologia Reformada entende que Efésios 2 ("Vós sois salvos pela graça mediante a fé, e isso não vem de vós, é com de Deus"), além de muitos outros textos, descreve de forma simples, transparente e genuína que  o processo, o meio e a prática salvífica dependem exclusivamente de Deus; e que o homem, por estar "morto em seu delito e pecado", não tem participação ativa nesse processo,  muito pelo contrário, o homem é passivo. Deus é o agente, é o sujeito dessa ação.

A Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):

T -  Depravação total do homem (Total depravity).  O homem após a queda, tornou-se completamente depravado, e não possui condição alguma de tomar qualquer decisão, mesmo em benefício próprio.  (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).

U -  Eleição incondicional (Unconditional election).  Deus é soberano e escolheu, na eternidade passada, salvar uma grande multidão de homens (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).

L -  Expiação limitada (Limited atonement). Também chamada de “redenção particular”.  Nesse ponto há muita divergência com os arminianistas, mas é fácil entender pela Bíblia Sagrada que a Expiação de Cristo é limitada não pelo efeito de seu poder, mas pelo fato de Ele mesmo ter escolhido quem devesse ser salvo.  A expiação é limitada ao número de salvos escolhido por Ele na eternidade passada. (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).

I -  Graça irresistível (Irresistible Grace).   Não há como conceber a ideia do homem resistir a vontade de Deus em salvá-lo.  Aceitar que Jesus não consiga (nem pelo fato do homem não aceitar) salvar pela sua graça, é diminuí-lo e afirmar que sua graça não é capaz.  O sacrifício de Jesus foi perfeito; sua graça é altamente capaz, logo, irresistível.  Ninguém resiste sua graça salvadora.  (João 6:37,44; 10:16).

P -   Perseverança dos santos (Perseverance of the saints).  Não há como aceitar que Jesus não preserve aqueles que Ele próprio salvou.  A salvação é eterna. (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).

Sei que há divergências históricas e, convivo perfeitamente, com os que pensam de forma contrária; no entanto, estou convencido pelas Escrituras de que os pressupostos da Teologia Reformada são genuinamente bíblicos e sólidos.

PS.  Dia 31 de outubro, dia da Reforma Protestante.

É isso.

Um comentário:

William de Jesus, Pr. disse...

Amado irmão, graça e paz!!

Fico feliz pela visita e comentário nesse modesto blog.

Concordo plenamente com você e, penso que chegamos a hora de alicerçarmos nossos pensamentos na Bíblia Sagrada e firmarmos compromssos sólidos.

Em Cristo,

William de Jesus, Pr.